Um amigo desviado a três anos disse que não tinha forças pra
voltar a servir ao Senhor. Um dos motivos alegados por ele, foi ver a avó
morrer numa cama após anos de enfermidade. Ela era fiel ao Senhor, e agora
padeceu em muito sofrimento. O rapaz estava revoltado com Deus por esta
questão.
Paulo estava
preso talvez em Cesaréia ou Roma não se sabe ao certo, o que sabemos é que o
mal que lhe sobrevinha ele revertia em bem.
Como o
apóstolo conseguiu tal façanha? Como ele sentia-se feliz ante uma prisão? Como ter paz sendo preso por pregar o evangelho? Ele não era servo de Deus? Onde estava Deus que não impediu isso?
Paulo era sujeito
aos mesmos sofrimentos que nós e a exemplo de Jesus, o qual o chamou, Paulo se entregava completamente a causa do evangelho, nem que isso lhe custasse a vida. Sofremos porque o mundo jáz no maligno, o mundo
é mal por isso sofremos.
O nível
espiritual de Paulo era elevadíssimo, ele havia captado a transitoriedade de nosso
viver, e ilusão nenhuma o prendia. Além de entender essa questão, o
apóstolo vivia desprendido da momentaneidade vaidosa, e agia esmurrando-se a si
mesmo para agradar ao Espírito de Deus (1 Co 9:27). A dessemelhança entre nós e
Paulo está no foco, "para quem vivemos e nos movemos?".
Por olhar fixamente para o nosso
umbigo, e o alvo ser em maior porcentagem o próprio “eu” queremos que tudo ande
bem em nossa vida, que tenhamos paz, prosperidade, conforto, luxo, sucesso,
esse é o nosso maior propósito de vida, nós mesmos. Paulo era diferente, sua
visão não era egocêntrica, mas Cristocêntrica (Rm 14:8; 1 Co 8:6; 2 Co5:1 a 6).
Olhando para Deus, Paulo não se importava com os sofrimentos que lhe sobrevinham,
ao contrário, as oposições sinalizavam-lhe que estava no caminho certo.
No verso 12
percebemos isso, quando ele afirma que a prisão não era de todo o mal, mas
estava servindo para o progresso do evangelho. A situação adversa estava
servindo para que ele chegasse em lugares que nunca poderia alcança. Se não
fosse pela sua prisão, Paulo esteve no pretório, a residência oficial do
governador Romano. Sendo assim os guardas ouviam que ele estava preso por pregar
o Cristo (v: 13). Quem é este Cristo? Poderiam perguntar então os presos a sua
volta e os guardas. E ele então podia evangelizar até mesmo a casa do governador.
Além disso,
Paulo regozijava em ver que a sua dor motivava outros a fazer o mesmo, o amor de
Paulo pelo Senhor estava sendo replicado em seus seguidores. Os irmãos passaram
a imitá-lo destemidamente com maior rigor e destemor (v:14).
Quando o foco
da nossa existência está no “eu”, todo o sofrimento é um desastre, uma
tribulação sem fim. Se os pacientes de câncer entendessem o que Paulo fez, e
todas as vezes que fossem a tratamento, anunciassem ali ao Senhor Jesus aos
médicos, enfermeiras, pacientes e familiares deles, muitas vidas seriam
alcançadas.
Se as dificuldades vividas por
nós servir para nos calar, então a nossa religião é vã, precisamos rever o nosso
amor por Deus.
Sem uma
entrega genuína de vida, qualquer obstáculo torna-se uma muralha da China. A fé
esmorece, a luz do espírito se apaga. Paulo disse: “Para mim o viver é Cristo e
o morrer é lucro” (v:21). Paulo mostra plena consciência da visão de Deus para
si, assim ele define a sua vida, o alvo que perseguia. Não buscava o agora, mas
o porvir, então todo o sofrimento momentâneo por amor a Cristo era válido.
Como uma
corrente, Jesus entregou-se pelos pecadores, Pedro negou a sua vida para servir
ao Senhor, e agora os irmãos em Cristo estavam motivados a entregar sua vida
para falar de Jesus com a mesma determinação e destemor de Paulo. A exemplo de Cristo, quando o seguimos e
agimos como Ele, outros serão impelidos a seguí-lo vendo-O agindo em nós.
Missionário Adriano Silva
Missionário Adriano Silva
Virou blogueiro mesmo, rss. Muito boa a iniciativa, bjosss
ResponderExcluirValeu Pers... você incentivou e estamos ai...abraços
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